segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Em 1986 ao iniciar as obras do castelinho, recebi um convite para ser o DJ de uma das melhores discotecas do Rio de Janeiro, a Help de Copacabana, aceitei o convite e fui para o Rio, ocupar um espaço que até hoje nenhum DJ de Muriaé alcançou, que é o sucesso em cidade grande, principalmente no Rio, onde fiquei por 6 meses como DJ residente e dominando as pick´Ups as sextas e sábados inesquecíveis do Help, fazendo milhares de gringos, artístas e os frequêntadores em geral sacudir os esqueletos, e eu estava morando em uma kit net na rua Barata Ribeiro, onde conheci muita gente bacana, inteligente e cheias de adrenalinas, mas as doideras e a saudade do interior e da cidade pacata batia frequentemente, e resolvi voltar a Muriaé para concluir o projeto Castelinho Night Club, deixando para trás uma das maiores oportunidades que recebi na vida, a fama e o espaço conquistado no RJ.
Fachada da Help Discoteca em Copacabana na av. Atlântica de frente para o mar, com seus gigantescos neons e as famosas pernas dançantes em sequêncial.
A casa foi inalgurada no ano de 1984 para atender o frequêntadores das pistas de classe média a alta, no ano de 1986 trabalhei numa temporada por seis meses, e pude ver muitos artistas frequentarem a exemplo: Cazuza, Paulo Ricardo, entre outros cantores(as) atores e atrizes, que eu fiz dançar meio a gringos de todas as nacionalidades.
Foi um sonho de 6 meses, inesquecível.
No final dos anos 80 a casa mudou de público alvo, para se virar no maiór point da prostituição do Rio de Janeiro com fama internacional atraindo turistas atrás das famosas mulatas de programas.
Hoje em 2009 ainda de pé, a casa foi desapropriada pelo Governo do estado para construção ali do museu do som e da imagem.
ILUMINAÇÃO

Difícil descrever toda a parafernália de máquinas de luz moveis, ou máquinas de efeitos do teto da Help.
Uma gigantesta extrutura de alumínio com um design futurista formava o suporte do teto da pista.
Uma gigantesca pirâmide em neom azul moldava o teto da pista.
Uma grande máquina principal com formato de pirâmide ao contrário, girava com diversos Bin Bins e abria tentáculos espelhados como um globo futurista, era o efeito central da pista.
Que eu me lembre, haviam ainda, 4 bolas malucas duplas.
4 bolas malucas, 4 tower horizontal, 4 tower vertical, 4 discos voador, 8 bailarinas, diversas luzes negras, e umas 8 máquinas de efeitos com prismas multicoloridos.
Além de tudo isso o teto tinha cerca de 60 canhões com bin bin sequênciais, e na parede principal do palco ao fundo 4 máquinas com muitos bin bin´s móveis.
Nas laterais do mesanino do 2º andar á baixo dos espelhos mangueiras sequênciais multicoloridas.
2 gigantescas máquinas de fumaça, distribuiam fumaça por dutos tendo saidas do teto ou do piso.
Além do melhor som do Rio de Janeiro, a Help também tinha a mais moderna e melhor iluminação de boate.
As escadarias da entrada já começava o show de luzes em diversos tubos transparentes com efeitos de bolhas na água com luzes sobrepostas, do piso ao teto da escada, e muitos espelhos nas laterais, dando uma prévia do que iria se encontrar na pista.
Eu nunca trabalhei ou conheci uma boate como era a Help com poderoso som e luz.


Projetor de telão SONY 3 Tubos

A primeira boate do Rio a usar telão fixo na casa, sendo a tela montada no teto sob o palco da parede principal da boate.
Um comando acionava o descimento da tela ou o recolhimento, pois a tela ficava embutida num compartimento.
Uma grande coletânea de video Clips estava a minha disposição na cabine, que eu ia mesclando durante a noite, transformando o telão como um efeito surpresa da boate, não o utilizando direto.
Pick Up Technics MK II

Eram 3 destas na cabine, indiscutivel que na época ou mesmo ainda hj, é o melhor Pick Up do mundo.
Mix GEMINI 6 canais

Pela primeira vez eu usava um mix profissional, tido como um dos melhores da época.

Equalizador DOD SR 430

Equalizador stéreo de 15 bandas por canal.
Crossover DOD SR 835

3 vias, stéreo, graves, médios e agudos.
Amplificador CYGNUS PA 1800 X

2 destes, sendo um para os médios e um para os agudos.
empurravam 4 cornetas JBL e 8 tewetters JBL
Amplificador ADVANCE 550 X

2 destes empurravam as caixas 4520 JBL, sendo 1 caixa por canal com 2 falantes JBL.
Era o top que tinhamos no Brasil na época.
Impressionante nos graves.
CAIXAS DE GRAVES 4520 JBL

Pela primeira vez usei estas fantásticas caixas originais JBL com uma precisão nos timbres graves.
4 destas sendo dispostas uma em cada canto da pista, embutidas dentro de um cubo de concréto, tendo sua frente direcionada á pista, e não havendo vazamentos lateral ou traseiro, deixando os mesaninos laterais da pista mais confortavel para o bate papo.
O centro da pista recebia uma rajada de sons graves impressionante.
Até então eu não tinha convivivo com nada parecido.
Tudo profissional JBL, 4 caixas 4520, 4 cornetas e 8 tewetters e até hoje lembro do timbre do som do Help.
Era conciderado o melhor som de boate do Rio de Janeiro.

CORNETAS COM LENTES JBL

Total de 4, sendo presas no teto por correntes exatamente ácima das 4520 no piso, emitiam fortes sons de médios e impressionavam pela diretividade que as lentes na boca das cornetas emitiam na pista, sendo direcionadas milimétricamente a pista, suavizando o efeito nos mesaninos do primeiro e segundo piso, podendo-se conversar naturalmente.
SUPER TEWETTER JBL

Total de 8, sendo dispostos 2 em cima de cada corneta, suspensos no teto da boate bem á cima das caixas 4520 que estavam no piso da pista.
Direcionamento inclinado para baixo em direção ao centro da pista, aparafusados á corneta, e esta presa por correntes na extrutura do teto.
Fortes e limpidos sons de agudos.